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O consumidor ainda não sente segurança na hora de pagar as contas por meio do telefone celular. É isso o que revela pesquisa divulgada hoje, 29,  pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP). De acordo com o levantamento, 75,56% dos entrevistados pessoalmente responderam que não achariam seguro usar o aparelho celular para pagar contas, enquanto que, entre os internautas, o porcentual atingiu 66,22% dos pesquisados.

O estudo da Fundação Procon-SP foi feito para verificar a receptividade dos consumidores a essa nova forma de quitação de faturas, chamada de "mobile payment" (pagamento móvel), que permite o uso do celular no lugar do cartão de crédito ou de débito. O recurso está disponível em algumas capitais brasileiras. Segundo a Fundação Procon-SP, embora inovador, o sistema não está imune a falhas, já que consiste em transmissão de informações pessoais e senhas num ambiente portátil.

Conforme a fundação, isso é um fator que causa insegurança no consumidor. Outro ponto de incerteza revelado no estudo é que os sistemas adotados não garantem a proteção dos dados nem a eficiência na transmissão. Para sanar esses defeitos, o consumidor teria de buscar planos mais caros e aparelhos melhores. A Fundação Procon-SP entidade ainda questiona quais serão as estratégias adotadas pelas operadoras para assegurar um ambiente virtual mais seguro para o consumidor.

As entrevistas pessoais foram realizadas entre 12 e 16 de abril, com a aplicação de 245 questionários com 13 questões fechadas. A sondagem, que abordava apenas a segurança no sistema de pagamento de contas via celular, foi direcionada a todos os internautas que visitaram o site da Fundação Procon-SP entre 12 e 19 de abril, num total de 3.840 acessos. Para esse grupo, não houve segmentação por sexo, faixa etária, escolaridade ou classe social.