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Falta de diálogo marca relação entre franqueado e franqueador, diz pesquisa

O franqueado acredita que receberá ajuda total durante todo o processo, enquanto o franqueador se limita nesse apoio

Autor: Karla Santana MamonaFonte: InfoMoney

Um levantamento realizado pelo Grupo Bittencourt e GS&MD - Gouvêa de Souza aponta que franqueados e franqueadores têm diferentes expectativas em relação ao negócio.

O franqueado acredita que receberá ajuda total durante todo o processo, enquanto o franqueador se limita nesse apoio. Na busca por um ponto comercial, por exemplo, 74% dos franqueadores afirmam que oferecem essa ajuda, mas apenas 36% dos franqueados concordaram. Como as percepções são diferentes, acontecem os desentendimentos.

"Além do fato de os franqueados serem novos no mercado, o que acarreta um nível de maturidade com o negócio baixo, o maior problema na relação entre franqueados e franqueadores dá-se à falta de diálogo", explica o sócio-diretor da GS&MD-Gouvêa de Souza, Fábio Beltrão.

Relação de interdependência
Beltrão afirma ainda que a relação entre franqueados e franqueadores é de interdependência. Para ele, deveria haver uma explicação do manual por parte do franqueador, e o franqueado deveria sanar as suas dúvidas na fase inicial da negociação, evitando futuras frustrações.

Segundo as consultorias, alguns detalhes no processo deveriam ser repensados. O franqueado, por exemplo, sente falta de uma avaliação contínua, tanto em relação aos franqueadores, quanto ao mercado. Por outro lado, o manual entregue pelos franqueadores não costuma ser lido na íntegra por quem o adquire, por isso, surgem dúvidas e sensação de desamparo.

Uma solução para incentivar o uso do manual pela internet, por ser um meio de fácil acesso. O estudo afirma ainda que o segmento de saúde e beleza é o que mais utiliza a internet, com 55%.

Perfil dos franqueados
A análise curricular seria outro fator importante, de acordo com Beltrão. Algumas empresas já fazem essa avaliação. Por meio dela, é possível dividir o perfil do franqueado em três perfis: jovens com anseio em ter o seu próprio negócio, aposentados e CEOs (Chief Executive Officer) recém-saídos da empresa. Ter o perfil de empreendedor é essencial, tanto quanto a importância de uma avaliação.

"Recorrer a uma consultoria de negócios significa entrar no mercado com um primeiro know-how, ou seja, a consultoria analisa o perfil do candidato, qual o empreendimento que melhor se adequa e o que o franqueado pode esperar. Isso inclui investimento inicial, capital de giro e até tempo de retorno", finaliza Beltrão.