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A corrida pelo serviço de internet banda larga móvel no Brasil foi totalmente inesperada pelas operadoras e para o governo. O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, disse que o serviço foi vendido muito mais do que se podia esperar, e está sendo usado muito mais do que em qualquer lugar no mundo.
"As operadoras fizeram previsões e perceberam que, se continuassem vendendo o que estavam vendendo, teriam problemas de rede’’, disse o presidente da Anatel.

Para Jarbas Valente, conselheiro da Anatel, o momento das operadoras é de pisar no freio e repensar suas redes. Valente estima que cada empresa terá que investir R$ 1 bilhão em infraestrutura para suprir a demanda por banda larga móvel.

Prevenção. Para evitar mais problemas com internet banda larga e acompanhar de perto as operadoras, a Anatel criou dois grupos de trabalho, um técnico e outro estratégico, para se reunir com as empresas e atuar preventivamente.

De acordo com o presidente da agência, formas alternativas de sanção serão aplicadas às operadoras, para evitar medidas cautelares como a aplicada à Telefônica em junho deste ano - que suspendeu a venda do Speedy por causa de panes e aumento do número de reclamações dos usuários.

Em agosto, a Anatel só liberou a venda do Speedy após a Telefônica apresentar um plano de melhorias que duraria até 180 dias para ser aplicado.

Operadoras afirmam que já investem em qualidade de rede
A qualidade faz parte dos planos de investimento, segundo as operadoras. A Tim afirma que os investimentos de 2009 irão somar R$ 2,3 bilhões, dos quais 60% são para rede, "visando a qualidade e ampliação da oferta de seus serviços e produtos".
Já a Vivo informa que nos últimos dois anos investiu R$ 8 bilhões no país. Parte desse valor foi dedicado à ampliação e melhoria da sua rede. A empresa garante que faz a expansão "mantendo uma alta taxa de cumprimento das metas de qualidade estipuladas pela Anatel, com média de 99,9% de atendimento".
Já a Oi informa que, pelo fato de contar com uma rede 3G implantada há pouco mais de um ano, tem capacidade para suportar o crescimento do tráfego e do número de usuários, sem prejuízo para os serviços de voz. (Eduardo Castor)

Flash
Suspenso. A venda do Speedy ficou suspensa por dois meses, depois de sucessivas panes nos serviços. A Anatel liberou a venda novamente no fim de agosto.