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Notícia

Falta de informação ainda é o maior empecilho para crédito universitário

Muitos jovens não procuram o crédito e até mesmo desistem de cursar a universidade, por acreditar que aquela faculdade de primeira linha que ele deseja não permite o financiamento

Fonte: InfoMoney

Gladys Ferraz Magalhães

A falta de informação ainda é o maior empecilho para o crescimento do crédito universitário, segundo avaliação do diretor da Ideal Invest, Oliver Mizner.

De acordo com Mizner, que participou, na última quinta-feira (27), de debate sobre crédito no C4 - Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor - o financiamento estudantil privado no Brasil atinge apenas 1% dos 20% dos brasileiros em idade apropriada para cursar uma faculdade que estão, de fato, no Ensino Superior.

Para ele, muitos universitários, assim como estudantes que terminam o Ensino Médio, desconhecem o crédito privado ou acreditam que o benefício esteja restrito a faculdades de segunda linha.

"Muitos jovens não procuram o crédito e até mesmo desistem de cursar a universidade, por acreditar que aquela faculdade de primeira linha que ele deseja não permite o financiamento. O principal motivo é a falta de conhecimento, pois as faculdades ainda fazem propagandas, a fim de atrair o aluno que pode pagar a mensalidade cheia, afastando o possível tomador de crédito", disse.

Boas perspectivas e pouco risco

Apesar disso, o diretor acredita que o crédito universitário no Brasil tem potencial muito grande de crescimento, já que várias pesquisas revelam o desejo do brasileiro de adquirir conhecimento.

Além disso, diz ele, o modelo brasileiro de concessão de crédito, que não permite altas taxas de inadimplência, mesmo sem garantias reais de recebimento, ajuda a atrair novos investidores, provocando o crescimento do setor.

"Atualmente, os atrasos com mais de 90 dias chegam a 3,2%, aproximadamente. Isso porque o modelo brasileiro, que empresta aos poucos, ajuda a manter baixos os índices de inadimplência. Isso, aliado ao potencial de universitários, faz com que o segmento tenha um bom poder de ganhos no futuro."