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Compras a prazo caem em todo o Brasil, aponta SCPC
Pela primeira vez, ACSP divulga dados consolidados entre os 2118 municípios mais relevantes para a economia nacional. E constata que a crise afetou as vendas de bens com maior valor no primeiro trimestre. A queda em São Paulo foi de 11,6%.
O consumo no Estado de São Paulo no primeiro trimestre registrou números melhores do que aqueles auferidos no restante do Brasil, embora em ambos os casos tenham sido verificadas fortes quedas. No período, as consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), termômetro das compras a prazo, caíram 11,6%. Já quando são computados os dados de Serviços de Proteção ao Crédito (SPC) entre os estados brasileiros, a queda é de 12,4%.
Além do SCPC da capital, foram levantadas as consultas feitas pelos SPCs de 2118 municípios brasileiros mais expressivos. Essa é a primeira vez que os números são divulgados com essa abrangência. A partir de agora, os resultados nacionais serão veiculados mensalmente.
Os números do primeiro trimestre são consequência da crise, que afetou a disponibilidade de crédito, reduzindo as compras de maior valor. Frente ao resultado, Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), espera que o Banco Central dê continuidade às quedas na taxa de juros e ao aumento da liquidez com a redução do compulsório. "Além disso, o governo deve continuar buscando a redução dos seus custos administrativos", diz Burti.
Na comparação entre março com igual mês de 2008, a queda em São Paulo foi de 5,1% e no Brasil, 5,5%. Já as consultas de março, na comparação com fevereiro, aumentaram 20,1% em São Paulo e 19,7% no Brasil. Emílio Alfieri, economista do Instituto Gastão Vidigal, da ACSP, lembra que os números de fevereiro foram fortemente afetados pelo feriado de carnaval. Ele também diz que os números de abril continuarão seguindo a tendência negativa de março. No entanto, as expectativas são melhores para o Dia das Mães, que acontece em maio. "Os números ainda serão negativos para o Dia das Mães, mas devem ser melhores graças à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca e pela tendência do Copon de reduzir a taxa de juros, o que fará as prestações serem recalculadas", diz o economista.